sábado, 28 de maio de 2011

Couchsurfing "Lealy Cool"

Em Khao San Road, no dia seguinte, o pé do Pedro impediu-o de andar. Uma bolha inflamada e infectada, cheia de pús, provocada por talvez um bicho, talvez um andar demais com tiras de chinelo, permitiu-nos descansar e observar a vibe backpacker deste bairro. À noite, ao som da música ao vivo "I shot the shelif..." fantasticamente cantada por um thai-cowboy, conhecemos 3 brasileiros, paulistas, bem bacanas, e 2 tugas, o Diogo e a Felipa, muito simpáticos, com os quais ficámos à conversa pela noite fora. Entretanto, respostas de couchsurfers, a Peak e o Tanut, tailandeses, estão disponíveis para encontrarem-se connosco!

Conhecemos a Peak, num couchsurf meeting em BKK, numa noite em que também conhecemos outros couchsurfers, franceses, ingleses, dinamarqueses, americanos, brasileiros, um autêntico melting pot. A Peak é tailandesa, já viveu na América, por isso fala bem inglês, e tem um fiancé françois, o Guillaume, com quem planeia ir viver para França nos próximos meses. A cumplicidade é imediata e seguimos para a "nossa" Khao San Road, a famosa rua onde a night promete. Chegamos a uma festa privada, alguém de dentro consegue entrada, é uma festa com actores, figuras da moda e socialite locais. Há banda ao vivo, a discoteca é fancy, as tailandesas, ao contrário das malaias, vestem-se a rigor, super fashion, e fazem tudo (incluindo idas à Coreia do Sul) para ficarem com os narizes "like yours", diz-me a Jekky, a pele mais clara, like Michael Jackson? (pergunto eu) e para abrirem mais os olhos!!! "Por isso quando vires, a pele mais branca, eye-liner nos olhos e lentes de contacto, já sabes, foi à Coreia fazer uma plástica." diz-me a Jekky. Bem que já tinha reparado, nos supermercados e perfumarias, produtos Whitening enchem as prateleiras. Ainda não vi um produto cosmético que não diga Whitening, tanto para os homens como para as mulheres. São realmente obcecados com a brancura. Como ia relatando, pormenores cosméticos à parte, saimos da festa fancy onde não se conseguia falar e preferimos o cocktail bar da rua. Por entre música, dança e White Russians (thank you for the Dude, he knows what is good ;) vodka com tipo Baleys) partilhámos experiências e conversa e prometemos voltar à festa de despedida do Ethan, no próximo sábado!

Soooo... a few more days in BKK :) Chegámos à casa do outro couchsurfer tailandês, o Tanut, farmacêutico, como eu, e que gosta de fazer escalada, como nós. Disponibiliza-nos os seus 30m2 de quarto+frigo+microondas+wc open-space, mas com cama extra com uma grande generosidade! Leva-nos a jantar fora. Na Tailândia, a comida na rua é tão acessível que é raro o tailandês que cozinha.
- Do you wanna try pork intestine?
- Why not? We have like that in Portugal but never tried besides sausage.
Gostámos bastante! Um bocadinho gelatinosas... mas muito saborosas.
Dias seguintes, andar e mais andar, anda-se tanto em BKK. No mapa parece já ali... mas o "ali" nunca mais chega. Mas sabe bem ver a vida nas ruas, a agitação, sentir o cheiro da comida no ar. Sentir o bafo quente já não é tão bom, mas passa com uma escapadela ao ar condicionado de um dos milhares de mega shopping centers da cidade. À noite encontrávamo-nos com o Tanut, levou-nos a um skybar com uma vista fantástica da cidade, semelhante ao Lebua Tower como tinha experimentado da outra vez que vim cá em trabalho. "Lealy cool" era a frase preferida do Tanut. So nice hearing that.

No Sábado, a festa de despedida do Ethan e de boas-vindas de um Sebastien, que não conhecíamos. O Ethan é americano, e esteve a trabalhar numa ONG em Timor-Leste. Adorou! Recomendou-nos vivamente. Após 17 meses pela Ásia, vai voltar à América para a vida que a todos nos espera: trabalho e lazer.
Comida, música, copos, partilhas e mais partilhas, "Where do you from?" "How long are you staying here?" "Where do you want to go next?", horas para apanharmos um táxi thai que era amigo do espanhol mais alucinado e cool de Madrid, finalmente desembocámos numa discoteca, gigante, com a música a bombar e os tailandeses a dançar freneticamente um tum-tum como se não houvesse amanhã. Para nós haverá... por isso seguimos caminho, deixámos para trás os nossos recém-companheiros de copos e desejámos um dia, quem sabe, voltar a encontrá-los numa qualquer outra cidade do Mundo.


Com o Tanut num parque de diversões.

Rambutri Road.


Hippie vibe @ BKK

A discoteca fancy.

O Tiger! Lindo!

Em vez do Hot-Dog... há bicharada para a ressaca.

1º Couchsurfing Meeting.

Sky Bar @ BKK.

Alberto, o madrileno mais cool de BKK :)

Horas para apanhar o táxi...

Na disco, com o Alberto, um thai e o Victor (da direita para a esquerda).

Mega Drop!! Que berraria!!!

Com as gémeas semi thai-semi italian.

Com a Peak,,, so nice.

Com o Ethan! Goodbye Ethan!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

BKK em 2554


-Hello!
-Wheie you fom?
-Wheie do you go?
-Tuk-Tuk!

É assim em Banguecoque, no ano de 2554.
O prazo de validade dos produtos que adquirimos têm uma data estranha: 04/2554.
Conservantes bem potentes capazes de resistir a séculos de passagem, pensamos, até que o mito se desfaz e afinal não estamos no futuro: é o calendário budista. 



10 milhões de habitantes confinados numa capital com kms de diâmetro que nunca mais acabam só poderiam culminar num trânsito caótico e pessoas (milhares!) por todo o lado. É incrível, para onde quer que se olhe há sempre uma barraquinha transportável que vende milhões de artefactos, imitações, bugigangas, comida, qualquer coisa, desde que se consuma. Aqui torna-se impossível não nos deixarmos de consumir pelo consumo. E depois, há as massagens, também em cada esquina.

-Hello!
-Foot massaaaaaageeeeeeee?
Também não conseguimos resistir, mas fomos para uma Thai Massage. Puxão daqui, entorce dali, estica a perna, agora o braço para a esquerda, a outra perna para a direita, o corpo torce para trás e a cabeça....(ai que fico sem pescoço!) para qualquer sentido desde que seja contrário. Isto tudo com uma tailandesa entrelaçada em nós e aflita para nos conseguir esticar os músculos. Ufff... não restou um músculo sem esticão! Mas no final sabe tão bem...

Chegámos às 6h da manhã e seguimos para a famosa rua dos bakpackers: a Khao san Road. Nas ruas ainda nos cruzámos com resistentes da noitada anterior. O que resta da noite não é um bom cartão de visita, por isso vamos para a Rambutri, bem pertinho e bem mais bonita.

Dia seguinte, 17 de Maio, é feriado nacional na Tailândia: Buddha day. Todos (mas mesmo todos) os tailandeses saem à rua e correm para os templos budistas para irem rezar: 3 voltas ao templo com uma flor e 3 incensos presos nas palmas das mãos, uma contra a outra, em pose de reza.A cabeça sempre ligeiramente inclinada para baixo como manda a tradição budista. Os mais crentes, vestem-se todos de branco e diz a Lily, uma tailandesa muito simpática que meteu conversa connosco, neste dia especialmente,
you have to do three things: think good, do good and eat vegetarian.

So fine... We just love this buddist way of living, pensamos nós. Mas claro, nem todos são assim. A caminho do Grande Palácio, um complexo enorme de templos com o famoso Buda Esmeralda, o gigante Buda reclinado mais o palácio do tão publicitado Rei, um tailandês muito bem vestido e com um inglês fluente (raro na comunidade thai), interpela-nos perante o nosso inequívoco ar turista e expressa-se:
- Grand Palace is closed! Buddha Day! Only at 14h30. Wheie you fom?
- Portuguéeee (ensinaram-nos que só assim eles percebem)
- Potuguéeee, good! Lonaldo!
- Yeahhh.
- So today you have to go other temples, show the map, here, go here, than there, tuk-tuk wait for youuuu...Ok? Yeah, yeah, so today if you go to a TAT (Thailand Autorization Turism), it's the govenment turist agency, you have discouuuunnnnnnt.. Yeah? Light light. Go there, see on TV, only today you have discount. Don't go to plivate toulist agencies, they cheat you, they don't do what they say... no no no, don't go. Okkkkkk?? Yeaaahhhh. So, tuk-tuk, I'll see fo you.
Chega o rapaz do tuk-tuk.
- So foty (40) baht go here, here and here and wait fo them, ok?
- Ok.
- Thank you. Kop kon kaaaaa. (agradecemos de coração pela partilha, pelo doing good... mal sabiamos o que nos esperava)

Tuk-Tuk a caminho do templo do big foot. O rapaz com ar bonzinho e confiável, espera impaciantemente pela nossa visita minuciosa (era um dos primeiros, daí a demora. Depois de vermos 500 mil, já não há pormenor que se detecte)
Nada de especial, pensamos, mas está bem, bora lá ao próximo.
Próxima paragem, a tão publicitada TAT. À porta outros Tuk-Tuk, lá dentro, só farangs (estrangeiros ou brancos em thai) sentados em secretárias.
Hum... cheira a esturro.

- Helloooooo, so weie you fom?
- Portuguéeeee.
- Portuguéeeee, goooood :)
- So weie do you wana goo? Chiang Mai? I'm fom Chiang Mai!! Yeahhh lealy nice place to see.
Meia hora de blá-blá-blá, you can do this, you can do that, see the tribe, riding elefants, you go fist night, stay in our guesthouse, gooooddd, next day you go there, other day you go there, Blá-Blá-Blá............ so all of this, 7 days, 9.900Baht (+ ou - 230€)!!!

Of course not! We don't wanna be like sheeps that go around in groups, following the guide with a flag and a stamp on your forehead saying "We are tourists and pay for everything just to see you!" And we don't want to pay this huge and exorbitant money as well.

- Sorry, we have to think first before we decide, it's ok with you?
- Ok! Thank you! (the same as= Ok, Thank you for waisting my time!)

À saída, o tuk-tuk guy muito curioso:
- Did you buy anything in there?
- No we didn't, we want to think and decide tomorrow...
- Ok, so now, I will take you to a store, you don't have to buy anything, just go there, so I can take gasoline cupons for free!
- Oh... so sorry, but we really prefer going to the other temples...
- No, you have to help me, please, fist go there, then temples, ok?
- Sorry... but no...
- Ok I'll take you there.

(As têmporas do Pedro começam a mostrar sinais de ebulição)
Chegamos à tão premeditada loja de seda e qual o nosso não espanto quando vislumbramos mais tuk-tuk parados à porta.
Damos-lhe o dinheiro e viramos costas. O tuk-tuk guy fica com o ar mais envergonhado do Mundo perante os colegas "ganhadores".
Numa destas, já não voltamos a cair. Principalmente quando andar de táxi em Banguecoque é incrivelmente barato, desde que se exija o taxi meter. Para quem quiser vir proximamente, nunca se esqueça deste pequeno grande pormenor. É mesmo muito barato andar de táxi em BKK. O problema muitas vezes é o trânsito caótico que nem anda nem desanda. Nessas ocasiões é sempre aconselhável optar pelo fresquinho-tipo-arca frigorífica sky train.


@ Jim Thompson House

À noite, a rezar.

2 sras muito crentes no Buddha Day.

3 voltinhas ao templo.








A colar folhas de ouro no buda.

The treehouse in Ko Pha Ngan

À chegada, numa lambareta, nós e os mochilões.
O caminho tinha barreiras, um rio para atravessar a pé.
Mas a luz estava nesta placa... quase!
Um cão roxo...deve ter sido da full-moon party.

A comida sempre deliciosa!

Tree-House.
Zona chill-out.

Outra zona chill-out.


Uma festa de aniversário muito chill-out na praia.

Cascata.







A Blackie que à noite dormia sempre no nosso terraço.


Às 5h da manhã para ver o nascer-do-sol.







Num templo budista.




No mercado.





O nosso terracinho muito relax.
Companheiros das noitadas.

Ao entardecer, na esplanada.