sábado, 12 de novembro de 2011

Vive la France! Zidaaaaaaaaaaaaanee!

O Mekong.
Barcos no Mekong.












Mal colocámos o pé na fronteira do Vietname, já vinham os "charlies" preparados para a boleia de mota até à estação de autocarro. Durante a viagem, muito simpáticos e prestáveis, com muitas perguntas e muitas dicas:

- Vietnam, use helmet. If no, police come. 5 million dong!

Chegados à estação, começa a "persistência" e a "colice", tipo lapas.
Após tentativas frustradas em perguntarmos nas bilheteiras preços e horários às quais não tivémos respostas positivas para as horas seguintes, nós e mais um casal de franceses, a Maeva e o Alban, tivémos de nos render ao cartel dos "charlies": o charlie da mota fala com o charlie do autocarro, aumentam o preço em vietnamita, e quem paga é o turista sem olhos em bico.

O trânsito caótico.
Em Càn Tho.












Tudo cabe numa mota.
Mercado.
Ho Chi Mins.
Rambutan "nham nham"!
Primeira impressão: os vietnamitas têm muito "pêlo na venta" e "pacotes" de cera nos ouvidos: falam aos berros uns com os outros e parece que estão a lavar roupa suja em plena hasta pública.

Segunda impressão: são muito trabalhadores. Saímos do Cambodja em que ver um khmer estendido numa rede era frequente para chegarmos a um país onde há movimento constante. Vão directos ao assunto "What do you want to eat?" 5 minutos depois temos o prato escolhido à nossa frente. "What do you want to drink?", 15 segundos e vem a coca-cola fresca, com o gelo e a palhinha. Logo a seguir a empregada vira costas, sem meias medidas, monta-se na bicicleta com um tabuleiro cheio de pratos para ir distribuir na vizinhança. Guia com uma mão, enquanto a outra segura malabaristicamente o tabuleiro e os olhos, tipo Raio-X, conseguem fazer com que a bicicleta atravesse o caos de milhares de motas que povoam as estradas. 10 minutos depois volta satisfeita com o seu trabalho, sã e salva.
Pequeno-almoço.
As bananas não se medem aos palmos.
Casa onde tomámos chá.
Bule.












Chegámos a Càn Tho, não nos agradou, por isso fomos no dia seguinte com os franceses para Vinh Long . Combinámos com um vietnamita que faz passeios pelo Mekong no seu próprio barco para turistas, e fomos os 4 no dia seguinte, bem cedinho, pelas 6h da manhã, para podermos ver o mercado flutuante. Os barcos no Vietname são gigantes comparados com as canoas do Laos, por isso o delta adquire um ar bastante industrializado e menos rústico. Mas mesmo assim, conseguimos fugir por uns canais bem mais estreitos à imensidão dos navios o que nos fez gostar mais deste delta.

Barco no Mekong.
Molhar o pé.













Mortal no Mekong.
Pés de molho.
A margem do Mekong.
Maeva e Alban.
Pipocas de arroz.
Como se fazem pipocas de arroz.
A vista.
Remando.
Igreja.
Barco com vietnamitas.
Barco carregado de casca de arroz, que serve como acendalha para fogo.
Barco de carga do Mekong.
A janta.
Sopa de cobra!!!

De volta e estafados, procurámos um restaurante para ir jantar. Acabámos por entrar num onde estava um grupo de vietnamitas a jantar e a beber cerveja. Acabámos por apontar para o que os vietnamitas estavam a comer: bife com batatas fritas e salada! Passado um pouco, chega um dos vietnamitas do grupo para brindar connosco. Mais torto que a torre de Pisa e sem falar palavra de inglês para além de "-Hello, Vietnam fee" ("free"), lá percebeu que a Maeva e o Alban eram franceses, cujo comentário retorquido foi:
"-Zidaaaaaaaaaaaaaaneeeeeeeeeeeeeeee!" com os olhos muito abertos e quase com a língua de fora. Portugal, para variar, não constava da sua lista de países conhecidos, por isso acabámos por passar por franceses também.

Após gestos tortos, beijos na mão que mais parecíamos a máfia, e de nos oferecerem rodadas atrás de rodadas às quais não nos deixaram rejeitar, tivémos de elaborar um plano para fugir ou sairíamos de lá mais tortos que eles. Apesar da nossa insistência, não nos deixaram pagar o jantar e após mais uns quantos brindes lá conseguimos escapar aos brindes de penalty!

A verdade é que muitos vietnamitas vêem os turistas como uma caixa multibanco, mas estes foram um espectáculo e compensaram a má imagem que estávamos a criar.

Os nossos amigos e do Zidaaaaaaaaaaaaaneeeeeeeeee!

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