sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Pimenta gourmet em Kampot


Pôr-do-sol em Kampot.
O mar.

 Saímos de Phnom Penh com destino à praia, no sul do Cambodja. "Rabbit Island" é quase virgem, propagandeavam-nos. E nós, desejosos de ver o mar, como bom português à beira mal plantado. Já tinham passado uns meses desde que não escutávamos as ondas. Parámos primeiro em Sihanoukville, mas depressa fugimos do turismo desenfreado monopolizado por russos excêntricos que até se dão ao luxo de mandar construir pontes enormes com a finalidade de chegarem às suas ilhas privadas com resorts de luxo. Fugimos para Kampot, famoso pelas suas pimenteiras gourmet, bem mais calmo e genuíno. 

A rotunda do Durian em Kampot.
À beira-rio.
Paragem a caminho de Kampot.
Pôr-do-sol em Kampot.
A ponte que os magnatas russos estão a construir.
Um bar russo com um avião russo e muitas outras coisas russas.
Quase a pilotar o avião russo!
Proibições russas.
Kampot é uma cidade pequena, que para além de uma rotunda com uma estátua do Durian, pouco ou nada tem para ver. Alugámos uma mota e percorremos os arrozais e as pimenteiras em redor e aí sim, o Cambodja convenceu-nos que apesar de ser uma panqueca a nível geográfico, tinha alguma beleza natural para dar. 

Arrozais I.
Arrozais.
Caminhos.







Transplante do Arroz.
Menina que vinha da escola.
Vaca com bossa.
Numa quinta com pimenteiras um sr. que tratava das plantas, explicou-nos com algum inglês e muitos gestos, as diferenças entre os diversos tipos de pimenta: a preta, a branca e a vermelha. Todas provêm do mesmo bago, o que as distingue é o tempo de maturação e a secagem ao sol (após colheita). Os primeiros bagos a surgir são sempre verdes, que, ao amadurecer no arbusto, se tornam vermelhos. A pimenta preta é a verde colhida e posteriormente sujeita a exposição solar. A pimenta vermelha é a verde após maturação na árvore e posteriormente sujeita a exposição solar. A pimenta branca, é a vermelha colhida, posteriormente macerada para retirar a pele e depois sujeita a exposição solar. Das 3, a branca é a mais cara porque o processo de obtenção é mais moroso. Na altura da Indochina francesa, a pimenta Kampot era um produto gourmet que figurava nos restaurantes mais distintos de Paris. Ainda hoje é considerada uma pimenta distinta e muita da gastronomia aqui no sul vem sempre bem apimentada! Os caranguejos com pimenta preta são deliciosos!
A pimenta ainda verde.
Pimenta branca, vermelha e preta.
Um fenómeno nunca visto em Kampot.
Lagoa onde mergulhámos.
Transporte de colchões.
Boxing em Kampot.
Arredores de Kampot.
A apanha do caranguejo em Kep.
Pedro com crianças numa vila Cham flutuante.
Cham people.
Vila Cham flutuante.












Almoço maravilhoso em Kampot.
A ida para a Rabbit island foi antecipada devido ao reencontro ocasional com os nossos ex-companheiros de couchsurfing: o Alfredo e a Ona! Decidimos ir juntos apanhar o barco para a tão prometida ilha quase virgem. O mar, estava do contra e brindou-nos com uma viagem bem balanceada e banhada. Abrir a boca era impensável porque engolir água salgada seria a consequência. Parecíamos uns pintos de tanta chapada salgada que levámos durante a viagem e só nos apetecia rir do descaramento do mar. Atravessámos a ilha a pé e chegámos ao outro lado felizes, porque as expectativas eram altas mas correspondidas. Palmeiras gigantes faziam vénias ao mar, enquanto as cabanas de bambu, miravam o pôr-do-sol. Ficámos 3 dias a descansar, a praiar, a conversar ao som das ondas, a comer caranguejos com pimenta, nós e poucos mais, que quase não se viam. A luz de gerador terminava à meia-noite, hora de ir descansar, sempre embalados pelo som do mar. Foi bem revitalizante e revigorante, já que o Vietname prenunciava-se exigente.
O barco que nos levou a Rabbit Island.
Como pintos molhados à chegada da Rabbit Island.
Rabbit Island.
As cabanas.
A praia da Rabbit Island.











As palmeiras.

A Ona a ver o pôr-do-sol.
Gelly-fish.
Crianças à beira-mar.






Jantarada com amigos na Rabbit Island.
Leitura e descanso.

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